Pessoa segurando múltiplos frascos de diferentes formas de magnésio, demonstrando confusão na escolha do suplemento adequado

Você já ficou perdido na prateleira de suplementos olhando para cinco tipos diferentes de magnésio, sem saber qual deles realmente serve para você? Treonato, citrato, glicinato, óxido, malato — cada um promete algo diferente, mas poucos explicam o que realmente importa: a forma do magnésio determina onde ele age no seu corpo.

E aqui está o que poucos te contam: tomar o magnésio errado não é apenas ineficaz — pode até piorar o problema que você está tentando resolver. Vamos descomplicar essa escolha de uma vez por todas.

Por Que a Forma do Magnésio Importa Tanto?

Pense no magnésio como um passageiro que precisa de um veículo específico para chegar ao destino certo. O mineral puro não consegue atravessar sozinho as membranas celulares — ele precisa estar ligado a outra molécula (chamada de quelante) que funciona como seu transporte.

Cada quelante leva o magnésio para tecidos diferentes e com velocidades distintas. O glicinato, por exemplo, é absorvido lentamente no intestino e chega aos músculos e sistema nervoso de forma suave. Já o citrato age rapidamente no trato digestivo — tanto que pode ter efeito laxativo se a dose for alta.

Essa diferença não é detalhe técnico. É o que separa um suplemento que resolve seu problema de um que fica na gaveta porque “não funcionou”.

Magnésio Treonato: O Especialista do Cérebro

Se existe uma forma de magnésio que merece o título de “especialista”, é o treonato. Desenvolvido por pesquisadores do MIT, ele foi desenhado especificamente para atravessar a barreira hematoencefálica — aquela proteção rigorosa que impede a maioria das substâncias de entrar no cérebro.

Estudos mostram que o treonato aumenta a densidade de sinapses (as conexões entre neurônios) e melhora a plasticidade cerebral. Na prática, isso se traduz em memória mais nítida, foco sustentado e redução da ansiedade crônica que muitas vezes tem raiz em desequilíbrios neuroquímicos.

Mas atenção: o treonato não é a melhor escolha se seu objetivo principal é relaxamento muscular ou regulação intestinal. Ele é caro, específico e brilha quando o alvo é função cognitiva.

Quando escolher treonato: Névoa mental, dificuldade de concentração, declínio cognitivo relacionado à idade, ou quando você precisa de suporte cerebral direto.

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Magnésio Glicinato: O Calmante Gentil

Se o treonato é o especialista cerebral, o glicinato é o abraço quente antes de dormir. Ligado ao aminoácido glicina — que por si só tem propriedades calmantes — essa forma é absorvida de maneira suave e não causa desconforto gastrointestinal.

A glicina atua como neurotransmissor inibitório, ou seja, ela acalma a atividade elétrica excessiva no cérebro. Quando combinada com magnésio, você tem uma dupla que relaxa tanto o sistema nervoso quanto a musculatura. É por isso que o glicinato é a escolha preferida para quem sofre com insônia relacionada à tensão ou ansiedade noturna.

Pesquisas indicam que a suplementação com glicinato melhora a qualidade do sono profundo — aquele estágio em que seu corpo realmente se recupera. E diferentemente de sedativos, ele não deixa você grogue no dia seguinte.

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Quando escolher glicinato: Insônia, tensão muscular crônica, ansiedade generalizada, ou quando você precisa de magnésio sem irritar o intestino.

Magnésio Citrato: O Regulador Intestinal

Aqui está a forma mais comum nas farmácias — e também a mais mal compreendida. O citrato é altamente solúvel e absorvido rapidamente, mas tem um efeito osmótico no intestino: ele puxa água para dentro do cólon, amolecendo as fezes.

Para quem sofre com constipação crônica, isso é uma bênção. Para quem tem intestino sensível ou tendência a diarreia, pode ser um problema. A dose faz toda a diferença: 200-300mg geralmente são bem tolerados, enquanto doses acima de 400mg podem causar desconforto.

O citrato também é útil para quem precisa de reposição rápida de magnésio — como atletas após treinos intensos ou pessoas com deficiência diagnosticada. Ele eleva os níveis séricos mais rapidamente que outras formas.

Quando escolher citrato: Constipação, necessidade de reposição rápida, ou quando o custo é um fator limitante (é geralmente mais barato).

Pessoa preparando rotina noturna de relaxamento, tomando suplemento de magnésio com chá de ervas em ambiente acolhedor do quarto

E as Outras Formas? Óxido, Malato, Taurato…

Você pode encontrar dezenas de outras formas no mercado. Aqui está o resumo prático:

Magnésio óxido: Baixíssima absorção (apenas 4-5%). Útil principalmente como laxante ocasional, não para suplementação regular.

Magnésio malato: Ligado ao ácido málico, que participa da produção de energia celular. Bom para fadiga crônica e dor muscular difusa, especialmente em casos de fibromialgia.

Magnésio taurato: Combinado com taurina, tem afinidade cardiovascular. Estudos sugerem benefícios para pressão arterial e ritmo cardíaco.

A escolha entre essas formas depende do seu quadro específico. Não existe “melhor magnésio” universal — existe o magnésio certo para o seu objetivo.

Como Saber Qual Você Realmente Precisa?

Aqui está o problema: a maioria das pessoas escolhe magnésio baseada em propaganda ou no que está em promoção. Mas seu corpo não funciona assim. A deficiência de magnésio pode se manifestar de formas completamente diferentes dependendo de onde ela está mais crítica.

Câimbras noturnas frequentes? Pode ser deficiência muscular (glicinato ou malato). Dificuldade para desligar a mente à noite? Provavelmente cerebral (treonato ou glicinato). Intestino preso há dias? Citrato resolve rapidamente.

Mas aqui está o ponto crucial: a suplementação isolada raramente resolve o problema de raiz. Se você está deficiente em magnésio, provavelmente há um motivo — estresse crônico que depleta suas reservas, má absorção intestinal, uso de medicamentos que interferem na retenção, ou dieta pobre em vegetais folhosos e sementes.

Na Clínica Rigatti, não tratamos deficiências isoladas. Investigamos o padrão completo: por que seu corpo está perdendo magnésio? O que mais está desregulado junto? Como personalizar a dose e a forma para seu metabolismo específico?

A Dose Importa Tanto Quanto a Forma

Mesmo escolhendo a forma certa, a dose inadequada pode sabotar seus resultados. A RDA (recomendação diária) de magnésio é de 310-420mg para adultos, mas essa é a quantidade mínima para evitar deficiência grave — não a dose ideal para função otimizada.

Estudos sobre sono, por exemplo, usam doses de 300-500mg de glicinato. Para função cognitiva com treonato, as pesquisas trabalham com 1.500-2.000mg (que fornecem cerca de 144mg de magnésio elementar).

E tem outro detalhe que poucos mencionam: o magnésio trabalha em sinergia com outros nutrientes, especialmente vitamina D, vitamina B6 e zinco. Suplementar magnésio isoladamente pode até piorar outros desequilíbrios se não houver uma visão integrada.

Quando a Suplementação Não É Suficiente

Você pode estar tomando o magnésio certo, na dose certa, e ainda assim não sentir os resultados esperados. Por quê? Porque o problema pode não ser apenas deficiência — pode ser má absorção, excesso de excreção, ou um desequilíbrio mais profundo que o magnésio sozinho não resolve.

Condições como intestino permeável, doença celíaca não diagnosticada, uso crônico de inibidores de bomba de prótons (omeprazol e similares), ou estresse crônico severo podem impedir que seu corpo utilize o magnésio adequadamente, mesmo com suplementação.

É nesses casos que a abordagem personalizada faz toda a diferença. Exames específicos podem revelar não apenas seus níveis de magnésio, mas também os cofatores necessários para sua absorção e utilização. E mais importante: podem identificar a causa raiz da deficiência.

O magnésio não é uma solução mágica — é uma peça de um quebra-cabeça maior. Quando você entende onde ela se encaixa no seu quadro específico, os resultados aparecem de forma consistente e duradoura. Não é sobre tomar mais suplementos, é sobre tomar os certos, nas formas certas, pelos motivos certos.

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